Se me perguntarem o que andei lendo recentemente, em termos de quadrinhos, diria que encerrei o quinto álbum da série Namibia, uma pérola francesa, mas de alma brasileira. Sequência da saga anterior, Kenya, este álbum tem o texto do carioca LEO, um artista que faz sucesso na Europa, trabalhando como desenhista e escritor de quadrinhos. O roteiro também leva a mão de Rodolphe, grande parceiro de LEO. Quanto aos desenhos, Bertrand Marchal, o mesmo responsável pela arte da saga Frontière, simplesmente arrasa com seu expressivo traço que lembra ligeiramente o de seu amigo LEO.
No quinto e último tomo da saga, a sexy agente Kathy Austin, membro do MI6, o Serviço Secreto Inglês, está de volta. A ação continua a se desenrolar em fins dos anos 1940, mas agora se passa em baixo da terra. Nossa heroína se encontra, junto com seu companheiro de missão, nos confins de uma base extraterrestre que cria cópias de seres humanos, em úteros artificiais, a partir de seu DNA. Além de possuírem a intenção nítida de substituir a humanidade por seus clones artificiais, os alienígenas montaram uma enorme quantidade de poderosos mísseis, com tecnologia de outro mundo, apontada para as principais capitais do planeta Terra. Caberá à Kathy, fugir deste esconderijo macabro, sem ser percebida, para que possa preparar a destruição destas sinistras instalações que ameaçam o nosso futuro. Para tal, contará com a ajuda de uma outra raça de ETs. Estes, pelo menos, se dizem nossos amigos e fornecerão equipamento de ponta para a empreitada.
Intitulado Carta Branca, este episódio de Namibia saiu em fevereiro de 2015, tem capa dura, idioma em francês e preço de 11,99 euros.
Quando já estava começando a ficar triste com o fim desta coleção, descobri que toda a aventura continuará em Amazônia, como se escreve em português, nova fase que dará lugar à Namibia.
Por PH.
Imagens : © DARGAUD / Bertrand Marchal / Leo
Quando leio uma resenha assim fico mto feliz tujaviu,parabéns pelo trabalho, e continuem em frente!