“Wimbledon Green: O maior colecionador de quadrinhos do mundo” é um espetacular lançamento em quadrinhos da Bolha Editora. Trata-se de um álbum de luxo que encontramos na Blooks Livraria do Rio de Janeiro, loja localizada na Praia de Botafogo 316, no Rio de Janeiro. Este pequeno mimo em forma de HQ tem 126 páginas, tamanho de 16 x 21 cm, capa dura em tecido verde e preço de R$ 65,00. É aquele tipo de quadrinho que nunca imaginaríamos ver traduzido para o português. Seu roteiro e arte são de Gregory Gallant, mais conhecido como Seth. Nascido em 1962, no Canadá, é reconhecido pela série Palookaville e por If you don’t weaken, graphic novel auto-biográfica. O artista é bastante influenciado pelos clássicos desenhistas da revista The New Yorker, o que o leva a ter uma estética fortemente galgada no visual dos anos 1920. Concebido em forma de rascunhos, “Wimbledon Green: O maior colecionador de quadrinhos do mundo” é considerado um dos Melhores Livros do Ano pela CBC (Canadian Broadcasting Company), e um dos Top 25 da revista Village Voice (2005). Também arrancou elogios de: Entertainement Weekly, The Atlantic Journal – Constitution, Publishers Weekly Starred Review, L.A. Weekly, Booklist e The Globe and Mail. O quadrinho foi realizado originalmente em 2005. Seth não levou mais de 6 meses para concluir o trabalho. Por ocasião da publicação, confessou ter achado seus “esboços” feios e mal desenhados. Na verdade, são extremamente simples! É justamente neste quesito que reside a beleza desta sua obra. Traços mais enxutos podem expressar muito mais do que uma arte rebuscada. Não é à toa que este seja o princípio da Ligne Claire, estilo do qual Seth se aproxima ligeiramente. Fã de Daniel Clowes, Chris Ware e David Heatley, artistas do cenário underground americano de quadrinhos, Seth construiu uma edição que é um verdadeiro retrato dos grandes e fervorosos colecionadores de HQs, pessoas que não medem esforços e gastam fortunas inimagináveis para terem determinados e valiosos exemplares de gibis em suas coleções. Para eles, estar sempre à frente de concorrentes do meio, pode se tornar uma sina doentia. Wimbledon Green é leitura obrigatória para quem ama a Nona Arte.
Por PH, a partir de informações divulgadas pelo editor.
Uma obra de arte impossível não se emocionar por esse quadrinho.