Ele é belga e foi criado, por Rob-Vel, em 1938. Já falamos dele aqui no blog. Conhecido pelo seu traje vermelho, fruto dos tempos em que era carregador de malas de hotel, Spirou já teve seus álbuns produzidos por importantes artistas, entre eles: Jijé, Franquin, Nic e Cauvin, Phillipe Vandevelde (Tome) e Jean-Richard Geurts (Janry), Morvan e Munuera, Émile Bravo, Frank Legall, Fabrice Tarrin e Yann, além de Fabien Vehlmann (roteiro) e Yoann (desenhos), autores da HQ que é tema de nossa matéria. Spirou tem como melhor e inseparável amigo, o repórter fotográfico Fantásio. O elenco deste clássico quadrinho já contou, no passado, com a participação do Marsupilami, um curioso bicho amarelado que, hoje, desfruta de carreira solo e histórias próprias. Atualmente, o mascote da turma é o pequeno esquilo Spip. Não podemos deixar de falar no Conde de Champignac, um louco cientista e inventor que só vive aprontando confusões com suas loucas criações e experiências malsucedidas. Só faltou mencionar a figura de Seccotine, única personagem feminina da série, uma jornalista que fez sua primeira aparição na trama La Turbotraction, publicada entre 1953 e 1955. Toda essa galerinha, à exceção do Marsupilami, está prestes a viver a sua aventura de número 53, intitulada Dans les griffes de la Vipère. Neste novo título, o jornal de Spirou está ameaçado de falência e seu redator-chefe, Fantásio, não quer deixar que a publicação pare de circular. Pelo menos, ele não está sozinho nesta empreitada. O célebre detetive Gil Coeur-Vaillant, admirador da saga de Spirou, irá ajudar Fantásio neste grande desafio. Juntos, conseguirão que o fundo de investimentos VIPER salve o jornal. Infelizmente, ainda não dá para comemorar vitória, pois Spirou acaba caindo nas garras de um milionário inescrupuloso. Prisioneiro de uma cidade dos sonhos, localizada numa ilha paradisíaca, nosso herói não vai conseguir suportar, por muito tempo, esta vida ociosa. Spirou se revoltará, com a situação, sem saber que estará colocando a vida de seus amigos em risco. O exemplar, que chega às livrarias europeias no dia 11 de janeiro de 2013, tem 48 páginas coloridas, capa dura e custará algo em torno de 10,60 €. Vamos torcer para que as Edições ASA de Portugal incluam Dans les griffes de la Vipère em sua lista de futuros lançamentos, para que possamos saboreá-lo em nosso idioma. É bom lembrar que, nos últimos tempos, a ASA tem sido responsável por vários volumes de Spirou em português. E para quem não sabe, ou não lembra, o personagem chegou ao Brasil, nos anos 1970, através da extinta Editora Vecchi. Por aqui, ficou conhecido como “Xará”, tendo quatro histórias distribuídas em bancas de jornal, duas em álbum e mais duas em formatinho. Nos anos 1990, pela Manole de São Paulo, o herói teve a aventura Luna Fatal vendida apenas nas livrarias. Em Portugal, Spirou segue impresso pelas Edições Asa, embora já tenha tido a marca de: Editora Camarada, Arcádia, Editorial Publica, Círculo de Leitores e Meribérica/Liber. Já não estariamais do que na hora de Spirou retornar ao Brasil? Fazemos um apelo à brasileira Editora Nemo, a que mais tem se dedicado à difusão do quadrinho franco-belga no país, para que pense no assunto. Spirou seria um ótimo concorrente para o veterano gaulês Asterix, da Record. A seguir, veja a capa do tomo 53 de Spirou e a página 3 desta edição.
Por PH.