Chegou a hora de apresentar aos leitores brasileiros de quadrinhos as aventuras de Mr. Magellan, personagem criado por André-Paul Duchâteau e Jean Van Hamme. A dupla foi responsável, em 1969, pela produção dos dois primeiros tomos do herói. A partir daí, Geri assumiu o roteiro, enquanto Duchâteau, artista que deu vida a Ric Hochet, continuou a desenhar a franquia. Suas histórias tiveram pré-publicação no Jornal Tintin.
Mr. Magellan trabalha para a I.T.O. (International Testing Organisation) e de maneira pouco politicamente correta, fuma constantemente um bom charuto. Sua assistente é a sexy Capella, exímia lutadora de artes marciais. Os dois lutam contra Casimir Bodu, vilão que tira seu sono em muitas tramas. Trata-se daquele típico quadrinho de aventura que não se vê mais por aí. De uma certa maneira, podemos até chamá-lo de “inocente”, em comparação com o que existe, hoje em dia, em termos de banda desenhada.
Depois de contar com mais de 20 histórias produzidas, a série chegou ao fim, em 1979, com Danger Cosmos. Sua versão em álbum, de 1981, chegou recentemente às minhas mãos. Com capa dura e apresentando 47 páginas, teve a marca da belga Éditions du Lombard, atual Le Lombard.
Em Danger Cosmos, Mr. Magellan se vê metido em uma trama de ficção científica, envolvendo a chegada do homem ao planeta Vênus. Parece que tudo não passa de uma farsa encenada para impressionar o público. As imagens teriam sido geradas a partir de um estúdio de TV. Caberá a Magellan desmascarar a enganação. A narrativa é perfeita para os que amam as chamadas “Teorias da Conspiração”, se levarmos em conta que ainda existem pessoas que não acreditam que o homem tenha ido à Lua em 1969! A questão foi amplamente abordada no filme americano Capricórnio Um, de 1977, com o ambiente transportado para o planeta Marte.
A segunda história de Danger Cosmos é Salve o Presidente! (Sauvez le President!), argumento em que Magellan e Capella são enviados a uma dimensão paralela à nossa, com o objetivo de tentar evitar que um ser correspondente ao Presidente Kennedy seja assassinado.
No geral, Mr. Manellan é uma agradável BD que mereceria ter sido lançada no Brasil no passado. Agora, não penso que haja mercado para ela. Snif! Snif!.
Por PH.
Muito top adorei,obrigada por compartilhar essa arte que tanto admiramos.